O segundo dia do Summit Agenda SP + Verde foi marcado por discussões sobre regulação e gestão climática dos recursos hídricos e sobre despoluição e recuperação de rios urbanos. O evento pré-COP, que acontece no Parque Villa-Lobos em São Paulo, promove debates sobre desenvolvimento sustentável e economia verde.

Outro ponto de destaque no evento desta quarta-feira (5) foi a preservação do bioma Mata Atlântica. A Fundação SOS Mata Atlântica anunciou uma aliança com dez empresas do setor privado em uma iniciativa de conservação e restauração da Mata Atlântica na região das bacias dos rios Tietê e Paraíba do Sul, que se estende por 5,5 milhões de hectares ao longo de 170 municípios dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, com cerca de 12 milhões de habitantes. O diretor executivo da S.O.S Mata Atlântica, Luis Fernando Guedes Pinto, falou sobre o desafio proposto pelo território.

“São regiões com uma longa história de degradação e destruição da Mata Atlântica, que têm uma grande população e que depende dos serviços ecossistêmicos da natureza e na Mata Atlântica. Então, essa aliança é pra pensar e implementar um projeto de longo prazo, que garanta água, comida, energia elétrica, produção agropecuária, uma capacidade de resistir às mudanças climáticas”.

Ainda sobre mata atlântica, o Summit Agenda SP + Verde também trouxe um painel com o exemplo de reflorestamento colaborativo do bioma realizado pelo Instituto de Pesquisas Ecológicas. O projeto “Corredores de Vida” que existe há 25 anos plantou mais de 15 milhões de árvores que conectaram os chamados fragmentos florestais no Pontal do Paranapanema, na região oeste do estado de São Paulo, na iniciativa que reuniu empresas, governo e sociedade civil.

O projeto “Corredores de Vida” foi o grande vencedor do Prêmio SP Carbono Zero, focado em projetos nas áreas de descarbonização, restauração ecológica e transição climática. Foram inscritos 154 trabalhos na premiação, que também reconheceu iniciativas de solução de eficiência energética para unidades públicas de saúde; um projeto de economia circular com reaproveitamento de material descartado; e um barco-escola, 100% elétrico, que beneficia mais de 30 mil estudantes por ano.